Y U No Concurso Cultural?

Novo post do Periskópio para a Ciranda de Blogs, projeto que busca fomentar a área de comunicação com diversos pontos de vista a cerca de um mesmo assunto. Essa semana o tema é Concursos Culturais.

Acabou a mamata dos concursos culturais através das redes sociais e com produtos e marcas ligadas à marca que realiza o concurso cultural. É isso. Tem mais alguma coisa pra falar?

Sugiro que o entendimento sobre as novas restrições seja lido nos posts que o Quick Drops e o Versátil RP publicaram, explicando perfeitamente a situação. Ou então, a matéria do Meio & Mensagem online que detalha a situação, inclusive com citação minha.

Se você leu algum dos posts e/ou leu a matéria do M&M, não há mais muitas dúvidas a se tirar sobre isso. Vamos falar de algo mais interessante e polêmico: como burlar as regras?

1. Critérios de desempate. Uma vez ouvi que concursos culturais devem ser medidos através do talento e competência dos participantes, mas que critérios de desempate funcionariam de maneira à parte. Por exemplo: um concurso cultural que demande de seus participantes que cada um cite dez capitais de estados brasileiros; como o índice de vencedores desta prova será altíssimo, deverá haver um critério de desempate, que não precisa ser exatamente da mesma mecânica do critério de participação – ou seja, pode-se estipular que o desempate se dá por meio de sorteio. Pronto, você tem sorteio disfarçado de concurso cultural!
2. Vales-desconto e vales-compra para PDV/PDD. O prêmio não pode ser dinheiro e nem produto/serviço da própria marca, mas vales não são dinheiro. Mesmo que se corra o risco de permitir que o ganhador compre produtos da concorrência em um PDV que não seja de propriedade da marca (como supermercados, perfumarias, shopping centers etc.), pode-se “induzir” a gastar os vales-compras ou vales-desconto com o produto através de comunicação indoor ali mesmo no PDV ou PDD.
3. Adivinhar x calcular. Suponha um vaso de vidro, com várias esferas dentro dele. O participante que chegar ao número mais próximo de esferas dentro do vaso receberá o prêmio. Como pressupor que um participante realmente chutou um número qualquer e não realizou de cabeça certos cálculos matemáticos ligados a geometria espacial para saber a quantidade exata? Um cálculo mental configura uma competência, que é exatamente o que deve ser medido em um concurso cultural. Muitas formas de adivinhação podem ser na verdade formas de calcular e de utilizar associações lógicas para chegar a um resultado racionalizado.
4. Botões sociais. Nenhum concurso cultural pode ter botões de Curtir ou Compartilhar, nem funções como Comentários, RTs e quaisquer funcionalidades nas atuais redes sociais como impulsionadores da vitória do participante. Supondo então que a participação deverá acontecer em um hotsite específico para o concurso cultural, botões de Curtir ou outras funções sociais podem ser emuladas no hotsite obviamente, sem real integração às redes sociais. Mas nada impede que uma aba especial permita que tais funções sociais de dentro do hotsite sejam mostradas na tal aba que será visualizada dentro do Facebook, por exemplo. Basta que a mecânica aconteça dentro da aba e os botões não estejam vinculados diretamente aos dados pessoais e cadastrais de quem interagir com o concurso cultural, seja participando, seja votando.

Podem ter certeza de que estas quatro formas de contornar proibições ainda serão alvo de muita especulação e argumentos válidos contra e a favor. Cabe a cada um se arriscar e se embasar juridicamente para não ser surpreendido com multas e banimentos desnecessários. Enquanto isso, curta o concurso cultural Dança do Alarme da Pósitron, já meio antigo, mas totalmente válido para dar boas risadas:

Veja mais sobre Concursos Culturais em:

• Xiiii, acabaram os concursos culturais. E agora?
• E agora, como fazer concurso cultural nas redes sociais?
• O que posso fazer, já que não posso fazer promoções online?

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